Na COP29, Brasil irá apresentar sua taxonomia sustentável ao mundo
- PED Sustentável
- 4 de nov. de 2024
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O Governo do Brasil está prestes a apresentar a taxonomia sustentável do país durante a COP29 do Clima, que ocorrerá em Baku, Azerbaijão, a partir de 11 de novembro. Este instrumento, já adotado pela União Europeia e Colômbia, servirá como uma régua para os investimentos sustentáveis no Brasil. A proposta ficará em consulta pública até março de 2025, permitindo contribuições de diversos atores, com a expectativa de finalização em abril de 2025.

Durante um evento da Iniciativa Financeira do Programa Ambiental das Nações Unidas (UNEP-FI), foi destacada a importância de diretrizes comuns para as taxonomias sustentáveis na América Latina e Caribe. Luiza Sidonio, gerente de projetos da Secretaria Executiva da Fazenda, enfatizou que a taxonomia brasileira abrange aspectos ambientais, sociais e inclui o setor rural, com destaque para as cadeias de valor do cacau, peixe e espécies nativas.
Atualmente, existem quase 50 taxonomias sendo desenvolvidas ao redor do mundo, a interoperabilidade entre essas taxonomias é crucial para garantir a compatibilidade e eficácia dos investimentos sustentáveis. Sidonio ressaltou ainda a necessidade de considerar as especificidades de cada país, ao mesmo tempo em que se busca a compatibilidade com outras taxonomias.
Anderson Caputo Silva, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), destacou a urgência em implementar mecanismos inovadores de finanças sustentáveis, ele alertou que os investidores não podem perder tempo e reforçou a importância da compatibilidade entre diferentes taxonomias para acelerar os investimentos sustentáveis.
A taxonomia brasileira se diferencia por incluir aspectos sociais e rurais, além dos ambientais, isso reflete uma abordagem mais holística e inclusiva, visando promover o desenvolvimento sustentável em diversas áreas do país. A inclusão de cadeias de valor específicas, como cacau, peixe e espécies nativas, demonstra o compromisso com a biodiversidade e o desenvolvimento social.
Com a consulta pública aberta até março de 2025, o Brasil busca envolver diversos setores na construção de uma taxonomia robusta e eficaz. A expectativa é que este instrumento contribua significativamente para direcionar os investimentos sustentáveis, promovendo um desenvolvimento econômico alinhado com a preservação ambiental e inclusão social.




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