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Entendendo o mercado de carbono!

  • Foto do escritor: Felipe Cunha
    Felipe Cunha
  • 2 de dez. de 2024
  • 2 min de leitura

Nos últimos anos o termo "mercado de carbono" se espalhou vertiginosamente por diferentes setores da economia, sendo debatido em reuniões políticas internacionais como as COPs - conferência das partes, em regras de governança por empresas públicas e privadas e também por ONGs do mundo todo. Mas afinal, o que é o mercado de carbono e como isso influência na vida do planeta?


O mercado de carbono é um sistema onde o carbono emitido na atmosfera é precificado, a essa emissão se da o nome de crédito de carbono e 1 crédito equivale a 1 ton CO₂. Mas o que faz com que sejam emitidos tantos créditos a ponto de ser criado um mercado para isso?


A resposta a essa pergunta é a utilização de combustíveis fósseis! Talvez você não se lembre das aulas de geografia da 8ª série, ou para os mais novos 9º ano, mas todos os seres vivos que habitam o planeta Terra possuem carbono em sua composição e, ao longo de milhões de anos, parte desses organismos foi soterrada, dando origem ao que hoje chamamos de combustíveis fósseis – petróleo, carvão e gás natural. Quando esses combustíveis são extraídos e utilizados, liberam o carbono que estava armazenado em suas moléculas na forma de dióxido de carbono (CO₂), contribuindo para o aumento da concentração desse gás na atmosfera. O CO₂, como sabemos, é um dos principais gases de efeito estufa (GEE), responsáveis por intensificar o aquecimento global.

Moedas ao lado do símbolo CO2

É nesse contexto que o mercado de carbono surge como uma tentativa de mitigar os impactos das emissões de GEE, ele funciona como um mecanismo econômico para incentivar a redução de emissões. Empresas e países que emitem menos carbono do que o permitido podem vender seus créditos de carbono excedentes para aqueles que ultrapassam os limites estabelecidos, dessa forma, cria-se um incentivo financeiro para que as organizações invistam em tecnologias mais limpas e sustentáveis.


Existem dois principais tipos de mercado de carbono: o voluntário e o regulado. No mercado regulado, as regras são estabelecidas por governos ou blocos econômicos, como o Sistema de Comércio de Emissões da União Europeia (EUETS) ou o recém criado Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE). Já no mercado voluntário, empresas e indivíduos optam por comprar créditos de carbono para compensar suas emissões, mesmo sem uma obrigação legal para isso.


Apesar de ser uma ferramenta promissora, o mercado de carbono enfrenta críticas e desafios. Alguns questionam se ele realmente promove mudanças estruturais no modo de produção ou se serve apenas como uma forma de “lavar a consciência” de grandes poluidores. Por outro lado, especialistas apontam que, quando bem estruturado, ele pode acelerar a transição para uma economia de baixo carbono, ajudando a financiar projetos de energia renovável, reflorestamento e outras iniciativas sustentáveis.


No fim das contas, o mercado de carbono é mais do que uma ferramenta financeira; ele é um reflexo da necessidade urgente de repensarmos nosso modelo de desenvolvimento. Afinal, o futuro do planeta depende das ações que tomamos hoje para equilibrar crescimento econômico com preservação ambiental.


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