O pilar da economia circular no Brasil
- PED Sustentável
- 9 de jun.
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A economia circular é um dos caminhos mais promissores para a sustentabilidade, e o Brasil acaba de dar um passo significativo nessa direção com a aprovação do Plano Nacional de Economia Circular. Esse plano estabelece diretrizes e ações para promover a circularidade de materiais, com foco na responsabilidade compartilhada entre governo, empresas e cidadãos. A reciclagem não é apenas uma questão de infraestrutura, mas de engajamento coletivo, onde cada indivíduo tem um papel essencial na redução do impacto ambiental.
Um dos pilares desse plano é a logística reversa, que já vem sendo aplicada com sucesso por iniciativas como o programa Mãos Pro Futuro. Criado em 2006, esse sistema pioneiro já recuperou mais de um milhão de toneladas de embalagens, antecipando soluções que hoje servem de referência para políticas públicas. Empresas como Natura, Grupo Boticário e Kenvue participam ativamente desse movimento, reforçando a importância da colaboração entre indústria, consumidores e cooperativas de reciclagem.
A valorização dos catadores é outro aspecto fundamental da economia circular. Atualmente, cerca de 200 organizações de catadores são parceiras do Mãos Pro Futuro, beneficiando diretamente quase 6 mil profissionais. Em 2023, a renda média desses trabalhadores foi 15% superior ao salário mínimo nacional, demonstrando que a inclusão socioeconômica é um fator-chave para o sucesso da reciclagem no país.

Além da infraestrutura, a educação ambiental é essencial para transformar hábitos e ampliar a adesão à reciclagem. O programa investiu cerca de R$ 1 milhão em ações educativas, incluindo mutirões em praças e praias, campanhas em escolas e parcerias com prefeituras. A conscientização do consumidor é um dos desafios mais importantes, pois a correta separação dos resíduos impacta diretamente a eficiência da cadeia de reciclagem.
A responsabilidade estendida do produtor (EPR), conceito adotado internacionalmente, também está presente no plano brasileiro. Esse modelo exige que fabricantes e distribuidores assumam a responsabilidade pelo ciclo de vida dos produtos, garantindo que embalagens e resíduos sejam corretamente destinados. Com governança setorial e transparência na gestão, o Brasil avança para um futuro mais sustentável, onde a economia circular se torna uma realidade consolidada.
A implementação do Plano Nacional de Economia Circular representa um marco na gestão de resíduos no Brasil. A colaboração entre diferentes setores e a conscientização da população são essenciais para que esse modelo se fortaleça e gere impactos positivos para o meio ambiente e a sociedade. A economia circular não é apenas uma tendência, mas uma necessidade urgente para garantir um futuro mais sustentável para todos.




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