FIESP incentiva a economia circular
- PED Sustentável
- 24 de mar.
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A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) promoveu o workshop “Gestão Integrada e Compartilhada de Resíduos Sólidos” em celebração aos 14 anos da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). O evento destacou desafios e avanços na implementação dessa política, essencial para o manejo ambiental e a transição para uma economia circular. Especialistas debateram como a PNRS pode contribuir para o fim dos lixões e incentivar a reutilização de materiais.

Entre os dados apresentados, a Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública (Abrelpe) revelou que o Brasil ainda possui quase 3 mil lixões ou aterros irregulares, afetando milhões de cidadãos. Segundo Pedro Maranhão, da Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente, iniciativas como o fechamento do lixão em Itacaré (BA) demonstram como parcerias e pressão de órgãos ambientais são fundamentais para soluções efetivas.
A logística reversa foi outro ponto de destaque, com Paulo Petroni, do Instituto Rever, destacando ações para promover o retorno e a reciclagem de embalagens. A instituição, pioneira no país, trabalha para fortalecer a indústria de reciclagem e engajar diversos setores, desde catadores até empresas recicladoras, com foco em educação e responsabilidade socioambiental.
O programa Integra Resíduos, lançado pelo estado de São Paulo, também ganhou espaço no debate. Segundo Evaldo Azevedo, o programa já conta com a adesão de 270 municípios e busca melhorias na gestão de resíduos sólidos por meio de consórcios intermunicipais e parcerias público-privadas, alinhando-se às diretrizes do Plano Nacional de Resíduos Sólidos.
Fernanda Romero, representante do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, ressaltou que economia circular vai além da gestão de resíduos, enfatizando a redução na geração de resíduos como o principal objetivo. Apesar dos benefícios, dados do PNUMA indicam que os custos globais com gestão de resíduos continuarão altos, chegando a US$ 640 bilhões por ano até 2050.
O relatório também alerta para o impacto ambiental do manejo inadequado de resíduos, como aumento das emissões de gases de efeito estufa e prejuízos à biodiversidade. No Brasil, os índices de reaproveitamento ainda são baixos, reforçando a necessidade de políticas públicas que impulsionem a economia circular e a reciclagem.
Por fim, Lucas Ramalho Maciel, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, destacou os benefícios econômicos da transição para a economia circular, como geração de empregos e redução de emissões. O Plano de Transformação Ecológica do governo federal é um exemplo desse compromisso, promovendo iniciativas como mercado regulado de carbono e ampliação da reciclagem.




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