Entenda como a Vale tem acelerado a descarbonização de seus fornecedores
- PED Sustentável
- 20 de mai. de 2024
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A Vale, uma das maiores mineradoras do mundo, está liderando um movimento significativo para a descarbonização de sua cadeia de valor. Com a pressão crescente por regulamentações ambientais mais rigorosas, a empresa brasileira está envolvendo centenas de fornecedores para obter uma visão mais precisa de sua pegada de carbono total. Este esforço é parte de um compromisso para reduzir 15% das emissões de gases de efeito estufa associadas a fornecedores e clientes, conhecidas como escopo 3, até 2035 em comparação com os níveis de 2018.
O projeto, em parceria com o CDP (antigo Carbon Disclosure Project), começou em 2020 e já viu a adesão inicial de 566 fornecedores, que representam 30% do dispêndio global da Vale. Estas empresas não são necessariamente as maiores em termos de emissões de carbono, mas são críticas para o negócio, produzindo matérias-primas e insumos essenciais. A primeira fase do projeto focou na divulgação de informações pelos parceiros, enquanto a segunda fase, que vai de agora até 2025, visa aprimorar a medição e os reportes, aumentando o grau de "maturidade" conforme a metodologia do CDP.
A contabilização correta do impacto climático da cadeia de valor completa é cada vez mais exigida por padrões de reporte como o ISSB, que será obrigatório para as companhias brasileiras a partir de 2027, e por legislações como a recentemente aprovada pela União Europeia. Os fornecedores que participaram da primeira fase do programa relataram uma redução média anual de 350 milhões de toneladas de CO2, embora esses números não estejam diretamente atrelados aos produtos consumidos pela Vale ou à sua carteira de emissões.
Além do foco no "upstream", ou nos produtos e serviços consumidos pela mineradora, a Vale também está atenta ao "downstream" da cadeia de valor, que inclui a logística de distribuição, processamento e uso de minérios como ferro, níquel e cobre. A empresa está investindo em iniciativas que visam a siderurgia e a eficiência no transporte marítimo, além de planos para a eletrificação de maquinário e substituição do carvão por hidrogênio verde, com o objetivo de reduzir 33% das emissões de escopos 1 e 2 até 2030.





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