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Revolução na Moda: como algas e bactérias estão transformando a indústria!

  • Foto do escritor: PED Sustentável
    PED Sustentável
  • 27 de jan.
  • 2 min de leitura

A indústria da moda é responsável por cerca de 4% das emissões globais de gases de efeito estufa, totalizando 2,1 bilhões de toneladas anuais. Esse impacto é comparável às emissões totais do Brasil em 2023. A produção de matérias-primas, especialmente fibras sintéticas como poliéster e náilon, é a principal responsável por 38% dessas emissões. O poliéster, derivado do petróleo ou gás, representou 57% das fibras fabricadas em 2023, enquanto outras fibras sintéticas somam mais 10% do mercado.


Para enfrentar esse desafio, startups estão desenvolvendo materiais inovadores e sustentáveis. A Phycolabs, por exemplo, está apostando em fibras de algas marinhas como substituto para o poliéster e náilon. Essas fibras são produzidas sem componentes químicos e ajudam na remoção de carbono da atmosfera. A tecnologia da Phycolabs está em processo de patente e a empresa espera realizar a primeira rodada de captação de investimento este ano.

Peças de roupa distribuídas de maneira circular e o símbolo de reciclagem no centro

Outra inovação vem da britânica Algreen, que desenvolveu uma alternativa verde ao poliuretano, utilizando resíduos agrícolas. A empresa já fechou parceria com cerca de 20 marcas europeias para testar sua tecnologia. A Algreen pretende licenciar sua tecnologia para fabricantes de poliuretano, permitindo a produção de materiais sustentáveis em larga escala.


A startup brasileira Aiper está desenvolvendo tingimentos produzidos a partir de bactérias, oferecendo uma alternativa orgânica e menos poluente para a indústria da moda. As tintas da Aiper exigem menos água e podem ser aplicadas em temperaturas mais baixas, reduzindo as emissões de carbono. A empresa está em fase de testes com marcas como Capricórnio e Renner, e espera iniciar a produção comercial este ano.


Essas inovações são essenciais para a descarbonização da indústria da moda, que depende de novos materiais e soluções limpas para etapas cruciais da produção, como o tingimento e lavagem dos tecidos. Estima-se que 40% da descarbonização do setor dependerá dessas novas tecnologias. No entanto, o maior desafio ainda é obter escala e tornar essas soluções economicamente viáveis.


A transição para uma moda de baixo carbono é urgente e necessária. Startups como Phycolabs, Algreen e Aiper estão na vanguarda dessa transformação, desenvolvendo soluções inovadoras que podem reduzir significativamente o impacto ambiental da indústria. A colaboração entre empresas, pesquisadores e organizações é fundamental para alcançar um futuro mais sustentável.

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