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Microplásticos nos alimentos: um risco invisível que já faz parte da nossa rotina

  • Foto do escritor: Felipe Cunha
    Felipe Cunha
  • 18 de ago.
  • 2 min de leitura

Quando falamos em poluição plástica, logo pensamos em mares, rios e animais marinhos. Mas o problema vai além: os microplásticos — partículas menores que 5 milímetros resultantes da degradação do plástico — já estão presentes nos alimentos que consumimos diariamente. Frutos do mar, sal, mel, vegetais e até a água potável já apresentam traços desse poluente invisível.


partículas de microplásticos em cima de um dedo indicador

Estudos publicados pela FAO e pela OMS mostram que um adulto pode ingerir até 5 gramas de microplástico por semana, o equivalente a um cartão de crédito. Embora ainda haja pesquisas em andamento sobre os impactos diretos no organismo humano, já existem indícios de que essas partículas podem carregar substâncias químicas tóxicas e metais pesados, além de se acumularem em tecidos, desencadeando processos inflamatórios.


Do ponto de vista de saúde pública, esse cenário levanta alertas importantes. O consumo constante de microplásticos pode afetar o sistema imunológico e até mesmo a fertilidade. Além disso, os custos indiretos recaem sobre toda a sociedade, seja em tratamentos médicos, seja na redução da qualidade dos alimentos. Isso sem falar na perda de credibilidade para cadeias produtivas que não conseguem comprovar práticas mais sustentáveis.


Do lado empresarial, o problema dos microplásticos está diretamente ligado às políticas de gestão de resíduos e economia circular. Setores que não adotarem soluções para reduzir o uso de plástico descartável, melhorar a rastreabilidade dos resíduos e inovar em embalagens sustentáveis podem enfrentar barreiras de mercado e pressão crescente de consumidores e investidores atentos às práticas ESG.


A verdade é que os microplásticos nos alimentos revelam o custo oculto de uma sociedade ainda dependente do descartável. E a resposta está na transição para modelos de produção e consumo mais responsáveis. O desafio é grande, mas também é uma oportunidade para empresas e governos liderarem essa mudança — garantindo saúde, segurança alimentar e sustentabilidade.




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