Adiamento na regulamentação ESG da União Europeia gera oportunidade de amadurecimento para empresas brasileiras
- PED Sustentável
- 6 de mai. de 2024
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O Conselho Europeu decidiu adiar a implementação de partes da nova regulamentação CSRD (Diretiva de Relatórios de Sustentabilidade Corporativa), que exige que as empresas façam reportes ESG (ambientais, sociais e de governança). Esse adiamento afeta principalmente as empresas de fora da União Europeia que operam na região, como as brasileiras, que agora terão mais tempo para se preparar para cumprir com as novas exigências.
A CSRD visa substituir a diretiva anterior, NFRD (Diretiva de Relatórios Não Financeiros), e amplia significativamente o número de empresas que devem publicar relatórios ESG, passando de 12 mil para 50 mil. As regras gerais já estão em vigor desde o início deste ano para as empresas de capital aberto sujeitas à NFRD, e o próximo passo seria a adoção de padrões específicos para diferentes setores e empresas estrangeiras.
Com o adiamento, a Comissão Europeia tem até 2026 para adotar esses padrões setoriais, e as grandes empresas europeias e estrangeiras que não estavam sujeitas à NFRD terão até 2028 para publicar seus relatórios, enquanto as pequenas e médias empresas europeias terão até 2030. Esse atraso é visto por alguns especialistas não como um retrocesso, mas como uma oportunidade para um amadurecimento das regulamentações e preparação das empresas.
Para as empresas brasileiras, essa mudança é considerada positiva, pois proporciona mais tempo para se adaptarem às novas diretrizes. A demanda por conformidade ESG está crescendo, e enquanto algumas empresas europeias já possuem certa experiência, muitas brasileiras ainda estão começando do zero. O adiamento é visto como um cenário favorável para que as empresas se alinhem às expectativas globais de sustentabilidade.
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